Dias de verão
Todas as tardes cumulonimbus Vêm ofuscar o astro-rei, Que generoso inunda a vida de luminosidade. E, arquitetam poções no firmamento E, vão se amontoando... E, descendo a encosta do céu. E aí,... vem o aguaceiro! ...e o cheirinho de terra molhada Embevece as narinas secas. E, sombrinhas voam com a ventania E a gente chega em casa pingando... O corpo da gente se espreguiça E vai até a varanda assistir As nuances rubras do entardecer. E eu... suspendo tudo: O correr do dia-a-dia, O consumo em demasia, E todos os excessos! Frescor e brisas esvoaçam ao luar... Meu ser leve só tem olhos pra apreciar O lusco-fusco das luzes pelos vãos da avenida. E ao amanhecer... Tudo volta na mesma cadência Nessas escaldantes tardes de verão. ____________________________________________ Izabella Pavesi ____________________________________________ imagem: internet Izabella Pavesi
Enviado por Izabella Pavesi em 28/01/2017
Alterado em 28/01/2017 |